How Long Distance Running Has Helped Me Feel Less Depressed

A start. A rhythm. A cycle of heat. These are the things that we normally think of when we speak of running. A “workout” is probably the word used to summarize the entire procedure. Few of us delve…

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O programado 7 a 1.

O dia que o brasileiro amante de futebol chorou. O futebol é sim uma caixinha de surpresas, mas mesmo a maior delas tem alguma explicação. Ninguém espera tomar um 7 a 1 numa de copa do mundo, muito menos o Brasil jogando em casa, mas uma pane psicológica nessa seleção talvez fosse previsível…

Para entendermos tudo que aconteceu precisamos primeiro sair das quatro linhas. O ano era 2014, depois de um acalorado ano de manifestações no brasil inteiro contra o governo petista e a “crise”, os gritos de “não vai ter copa” já inundavam as ruas em diversas capitais pelo país. O afastamento do cidadão comum dos estádios com os famosos padrões FIFA, a revolta com gestões corruptas também no futebol com a CBF e os escândalos com as construções dos 12 estádios pelo país reforçaram a antipatia de milhões por figuras como Neymar e potencializaram ainda mais a polarização das opiniões públicas se aquele time merecia ou não a nossa torcida, visto que a seleção, outrora tão amada pelo povo brasileiro, se tornou a materialização de tudo de ruim no país.

Ainda que isso persistira na pouca paciência com o futebol apresentado e no linchamento desproporcional a jogadores como o centroavante Fred, eu acredito que quando começa a copa, todos nós amamos torcer pelo brasil e não foi diferente naquele ano. A cultura iniciada naquele torneio de cantar o hino a plenos pulmões mesmo com o fim do instrumental, quebrando o patético protocolo FIFA, é prova disso. Mesmo aquele seu tio que falou que nunca vestiria de novo a camisa da CBF, botou a mão no peito e berrou “pátria amada, brasil”. Claro que isso também tem relação com o que, mais pra frente, resultaria no bolsonarismo, mas vamos nos ater à bola, fato é que a maioria da população queria ser hexa.

No entanto, o aumento da pressão sobre os jogadores já havia sido construído, eles carregavam o fardo de ter de fazer o brasileiro sorrir novamente. Meio a tanta tragédia e caos politico, eles eram os responsáveis por “dar uma alegria” pro seu povo — como ficou famoso — às vésperas de uma eleição conturbada.

Tenho certeza de que você ouviu algum torcedor mais velho dizendo “O Brasil não pode perder nunca uma copa em casa” — como já havia acontecido, oq também piorava tudo. O torcedor brasileiro é arrogante e não só não aceita poder perder como também espera espetáculo em todas as exibições (sofremos com isso até hoje, o próximo técnico da seleção será mais uma vítima).

Não sei até que ponto isso foi diretamente sentido pelos jogadores — acho q muito, como pretendo concluir — , mas eles tinham a “obrigação” de vencer aquela copa, mesmo que com um time muito limitado para os nossos padrões. Qualquer motivação advinda dessas origens se tornou muito menor do que o temor de um possível fracasso em casa nesse contexto político e isso foi sentido desde a estreia na copa. Se você não se lembra, na execução do hino Neymar chorou e o time ansioso não marcou um gol sequer. A ansiedade falou mais alto.

O mito de que aquela seleção era horrível é um desculpa esfarrapada. O Brasil nunca vai ter um time ruim, mesmo aquele time tinha lendas como Thiago silva, Fernandinho — os dois só vieram a se consagrar anos mais tarde, mas isso já demonstra seus potenciais e talentos— Dani Alves, Júlio Cesar (erroneamente, mas enfim) e o melhor brasileiro desde Ronaldo: Neymar Jr. Contudo, era sim um elenco muito abaixo do que a gente tá acostumado: o banco de reservas desejava a desejar por diversos motivos e o time titular tinha grandes carências, como a camisa 9.

Fred é uma lenda no brasil, mas em 2014 se provou jogo após jogo, a distância do nosso campeonato para os europeus, o que só se agravou devido a nossa maior lacuna: o técnico. Felipão poderia armar bem uma retranca e depender de talentos individuais, fez isso e vencemos a Copa em 2002 e a das Confederações em 2013, mas também por ser cobrado por um futebol que ele incapaz de reproduzir, não conseguiu em 2014. O time não criava nada e dependia de Neymar e Oscar ao extremo, mas foi se classificando pelo talento dos 2 e pela ótima copa de L.Gustavo e T.Silva — além de ter pego uma chave sem europeus.

Dito isso, você não vai me ver defendendo e exaltando a Alemanha, como ficou repetitivo na grande mídia. O time deles era sim superior técnica e principalmente taticamente, mas aquela seleção sequer foi a melhor do torneio. Amassaram uma péssima equipe de Portugal, que ainda por cima esteve, boa parte da partida, desestruturada após expulsão de Pepe; empataram com Gana e sofreram p vencer o EUA. No mata-mata, venceram Argélia graças à maior atuação de um goleiro na história das copas — revolução em seu estado puro, o futebol nunca mais foi o mesmo — e a França em mais uma boa atuação de Neuer e um gol chorado. Na final venceu a argentina mesmo jogando pior (te odeio, Higuain) e teria perdido se jogasse contra Arjen Robben e cia. Havia diferenças grandes entre nós e eles, mas nunca para 7 a 1, como você deveria concordar.

Em contextos normais (que não existem e não vão existir, pois se tratava de uma semifinal de copa do mundo) perderíamos de menos ou talvez até vencêssemos em uma noite inspirada. No entanto, tudo de pior que poderia acontecer, aconteceu no jogo contra a colômbia na fase anterior. Thiago silva toma um amarelo bobo e é suspenso do jogo seguinte; David Luiz faz um gol épico e nos enche de confiança nele e o óbvio, Neymar é lesionado na vértebra e está fora da copa.

A superioridade alemã, que já existia, aumentou milhares de vezes sem Thiago, mas ainda havia a equivocada confiança em Dante e seus conhecimentos sobre os adversários; o pior foi a perda de Neymar, obviamente. Ele nunca seria substituível esportivamente, mas especialmente aquela seleção não tinha peça à altura — pra piorar, numa espécie de compensação por 2010 (?), quando dunga não convocou a jóia do futebol brasileiro, Felipão escala Bernard, acreditando no jovem, invés do melhor e mais experiente, William. Scolari ainda tentou argumentar que por jogar na casa do atlético mg, time do Bernard, ele estaria mais confiante e à vontade kkkkkk — , mas também não faria diferença quem entrasse, o estrago já havia sido feito, a perda de Neymar ia muito além disso. O símbolo de uma geração, o centro de todas as esperanças de título, o único homem daquele time que desde os 9 anos foi preparado para aguentar o peso do mundo nas costas.

A lesão foi o principal fator de desequilíbrio psicológico do time no jogo. Começando pela forma como aconteceu, ele não se machucou sozinho num lance de falta de sorte, machucaram- no e por mais que o Zuniga não quisesse machucá-lo daquela forma, ele foi, sim, para bater, na maldade. Assim como tantos fazem até hoje. Um dia falarei sobre esse ódio que o Neymar é obrigado a enfrentar sozinho. Mas voltando, ter um culpado nessas situações só aumenta o sentimento de raiva e frustação; Zuniga sequer foi expulso, o sentimento era total de injustiça e, com razão. O futebol ainda protege o agressor.

Ademais, ele não entortou o pé, ele fraturou uma vértebra — como bem dito por ele: “2cm para dentro e eu tava em uma cadeira de rodas” — e ver seu companheiro sem conseguir se mexer aos berros no chão já seria o suficientemente traumático. Mas, além disso, passar as vésperas de um jogo tão grande pensando e escutando sobre o que poderia ter acontecido com seu amigo e ídolo, certamente não é melhor maneira de se concentrar para uma decisão. É natural que a cabeça deles estivesse em outro lugar.

E bom, era o Neymar, então você deve lembrar da repercussão da mídia; caótica, desesperadora e muito invasiva, durante dias só se falou nisso. O jogo contra a Alemanha virou detalhe, todos só pensavam na saúde do craque. E não tinha como isso não triplicar o nervosismo e responsabilidade desses atletas para aquele jogo; agora eles tinham que ganhar PELO neymar, só que sem o neymar.

Naquele dia, o grupo mostrou que não estava preparado para carregar a camisa amarelinha, muito menos sem seu líder técnico e, querendo ou não, psicológico — Neymar pode não ter as características de um líder como Sergio Ramos, mas olhar pro lado e ver mais alguém com tanto talento e tranquilidade para se responsabilizar por tudo, certamente alivia um tanto. Invés de entrar focado na missão que seria superar a Alemanha, o time entrou com uma homenagem ao menino Ney, invés de fazer por eles, naquele dia eles queriam fazer pelo Neymar e as vezes, é melhor ficar só com o que é nosso. Ninguém ali aguentaria ou aguentou um dia sequer carregando o peso que Neymar carrega há anos nas costas — pensando agora, foi um pouco irônico do destino essa lesão nela.

O símbolo disso? David Luiz. O zagueiro inúmeras vezes atrapalhou o time ao querer resolver com habilidades, que não tinha, ao motivar com palavras, que nem ele acreditava, e ao tentar ser o líder de um grupo perdido. Tentou driblar geral, ajoelhou no chão desesperado, quebrou a marcação do time, etc. A sua marcante entrevista infelizmente virou piada e envelheceu mal, mas ali ele foi homem de botar a cara à tapa e assumir coisas que já sabíamos: o desejo e a pressão desproporcional que botaram sobre esses caras — a necessidade de trazer o sorriso pra uma nação inteira. Seu choro, assim como o de Thiago Silva, nas oitavas antes mesmo do resultado final e o de Neymar na estreia expuseram a falta de estabilidade emocional desse time e também, a falta de um líder para motivar, concentrar e conectar não só aqueles 23, como também toda a nação.

O apagão, como ficou popular, que gerou 5 gols e um vexame histórico, começou muito antes, fora do futebol e foi agravado, exponencialmente, dentro do futebol. Mas talvez tenha trazido bons frutos.

ps.: Pra não dizer que não falei de algo que eu fielmente acredito e defendo: o Jefferson nunca teria tomado aqueles 7 gols. Nenhum gol foi erro do Júlio, mas certamente não foram 7 chutes indefensáveis.

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